Como todos sabem a Bahia é um caldeirão de talentos. Seja na literatura, na poesia, na música, no esporte, no cinema, enfim o baiano não nasce, o baiano estreia, por isso é impossível falar de todos os baianos famosos. Assim destacamos alguns:

               Armandinho

Começou a tocar em 1967, aos 9 anos. Aos 10, se apresentou com seu próprio Trio Elétrico Mirim. Aos 15, gravou seus primeiros discos, com solos de bandolim. Em 1973, gravou com Caetano Veloso "o frevo do trio elétrico de Dodô e Osmar". A partir de 1974 começou a gravar vários LPs do Trio Elétrico. No mesmo ano formou um grupo para acompanhar Moraes Moreira.

Mais tarde, esse grupo se transforma em A Cor do Som, que grava cinco LPs. Nessa época Armandinho lidera um trio elétrico com Dodô e Osmar. Em 1978, inicia sua carreira internacional.  Entre seus grandes momentos no Brasil, estão o show Armandinho e Raphael Rabello, no Jazzmania, e o reencontro d`A Cor do Som no Teatro Rival, ambos no Rio de Janeiro.
Os filhos de Osmar que hoje compõem o trio elétrico Armandinho, Dodô e Osmar debutaram em cima do caminhão nos anos 60.

 

 

           Caetano Veloso

Esse talento baiano, desde menino mostrou a veia artística. Dono de uma mente criativa e privilegiada, chegou a ser crítico de cinema, sendo dirigido por um talentoso cineasta baiano. Sabe quem? O famoso cineasta Glauber Rocha. Mas, Caetano gostava mesmo é de cantar. Em 1967, Caetano lança seu LP de estréia, "Domingo", dividido com Gal Costa; do repertório, constam "Coração vagabundo" e "Avarandado", entre outras.

Compositor de vários sucessos como: Alegria, Alegria, Atrás do Trio Elétrico, Avarandado, Beleza Pura e muitos outros.  A partir daí sua carreira cresceu para o resto do Brasil. Cantou a revolução e hoje canta o amor.

É um mestre da MPB que leva o nome da Bahia a todo o Brasil, e o Brasil para o mundo.

 

 

               Gilberto Gil

Gilberto Gil é uma das maiores personalidades da música brasileira, reconhecido mundialmente. Sua carreira internacional já lhe rendeu um Grammy na categoria Melhor Disco de World Music em 1998 e um Grammy Latino em 2003.

Gil trabalhou com Jimmy Cliff e em 1980 lançou uma versão em português do reggae "No Woman, No Cry" ("Não chores mais") sucesso de Bob Marley. Em 1993, com Caetano Veloso, lançou "Tropicália 2", que incluía o rap na faixa "Haiti"

Dentre seus muitos sucessos, os maiores foram "Preciso Aprender a Só Ser", "Eu Só Quero um Xodó" (Dominguinhos/Anastácia), "Punk da Periferia", "Parabolicamará", "Sítio do Pica-pau Amarelo", "Soy Loco por Ti América" (com Capinam), "Realce", "Toda Menina Baiana", "Drão", "Se Eu Quiser Falar com Deus" e muitas outras.

 

 

                  Simone

Gravou seu primeiro LP em 1973 e viajou para a Bélgica com o espetáculo Panorama brasileiro, apresentado na Feira Brazil Export, de Bruxelas, e no Olympia, de Paris. De volta ao Brasil, foi convidada para uma nova apresentação, agora pelo Canadá e EUA.  Em 1975 gravou no Brasil seu segundo LP, Quatro paredes.

Seus maiores sucessos dessa época são as gravações de De frente pro crime e Bodas de prata (ambas de João Bosco e Aldir Blanc). Intérprete de canções românticas, firmou-se como cantora ao gravar Começar de novo. Em 1980 incluiu em seu repertório a canção Caminhando – ou Para não dizer que não falei de flores (Geraldo Vandré), que se tornou um de seus maiores sucessos. Foi a primeira cantora a lotar sozinha um estádio, o Maracanãzinho, em 1981, consagrando-se como grande estrela. Em 1982, com o show Canta Brasil, levou ao estádio do Morumbi, em São Paulo, 15 mil pessoas a cada noite do espetáculo.      

 

            

                 Gal Costa

O verso de Caetano Veloso “O tempo não pára e, no entanto, ele nunca envelhece”, em Força Estranha, resume como poucos a trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos, a Gal Costa. O apelido ela ganhou das amigas do tempo de colégio, mas a história de sua música começou bem antes.

Durante a gravidez, sua mãe, Dona Mariah, passava o tempo ouvindo músicas clássicas. Seu sonho era ver a filha tornar-se uma cantora de sucesso. A “técnica” deu certo. No início da década de 60, quando Gal trabalhava como vendedora em uma loja de discos, ficava sonhando ser cantora ao som de João Gilberto.

Gal soube, como poucos artistas, construir uma vitoriosa carreira marcada pela mudança e pelo sucesso. O camaleão Gal Costa já foi legal, fatal, tropical, baby gal... Quase chegou a ser banal, mas a condição de cantora das massas que lhe habita a garganta sempre a manteve superior as críticas.

 

 

 Dorival Caymmi (In memoriam)

Dorival Caymmi já compunha marchas e toadas aos 16 anos. No embalo do sucesso na Bahia, muda-se para o Rio de Janeiro em 1933, iniciando sua consagrada carreira profissional.

Sempre acompanhado por seu violão, Caymmi compôs várias das mais belas canções brasileiras, onde o mar, a vida dos pescadores e as belas paisagens da Bahia são uma constante. Destacar alguns de seus sucessos seria difícil, por serem muitos. Como referência podemos citar "O Que é Que A Baiana Tem?", imortalizada na voz de Carmem Miranda.  O legado de Dorival Caymmi não se restringe apenas às suas composições. Generoso, gerou filhos que também são grandes nomes da música brasileira: Nana, Dori e Danilo, todos Caymmi. Faleceu em 16 de agosto de 2008, Copacabana, Rio de Janeiro.

 

 

            João Miguel

Iniciou a carreira de ator aos 9 anos na televisão, no programa Bombom Show, de Nonato Freire. Com 13 ou 14 anos, estreia como ator principal na peça A Viagem de Um Barquinho, com direção de Petinha Barreto e com a participação de Leninha Barreto. Depois trabalhou em circo, e, junto a crianças de rua, apresentou peças em escolas, hospitais públicos e favelas de Salvador e do interior da Bahia. Aos 17 anos, foi para o Rio de Janeiro e teve a sua formação como ator na Casa de Arte das Laranjeiras (CAL), onde conheceu Luiz Carlos Vasconcelos, ator e diretor do Grupo Piolim. Em seguida, foi para João Pessoa, onde aperfeiçoou sua arte circense com Luiz Carlos, e depois viajou o Brasil e o mundo acompanhando a peça O Vau da Sarapalha.

Depois de muito trabalho, finalmente foi consagrado com o monólogo Bispo, que conta a história do artista sergipano Arthur Bispo do Rosário, o qual encenou por anos em várias cidades brasileiras. Recebeu o convite do diretor Marcelo Gomes para estrelar o filme Cinema, Aspirinas e Urubus, com o qual ganhou muitos prêmios, inclusive no Festival de Cinema de Cannes. O próprio ator o considera um dos melhores filmes que já fez. Hoje, tem mais de 20 longas-metragens rodados e várias participações em especiais da televisão, incluindo sua primeira participação em uma novela em Cordel Encantado, João Miguel é um dos mais talentosos e versáteis atores de sua geração, como apontam os críticos.